Trocão de fora e a reforma, dois lados da mesma moeda

Trocão de fora e a reforma, dois lados da mesma moeda

Foto: Tales Trindade (Diário)

A inversão, em Santa Maria, de recursos federais em profusão, garantem à prefeitura e seu gestor, Rodrigo Decimo, a possibilidade de grandes obras. A mais significativa delas, no âmbito mais geral, pode ser a recuperação da Estrada do Perau, fora de uso desde meados de 2024, por conta das chuvas.


São R$ 20,7 milhões especificamente para ela, sem contar com outros R$ 31 milhões, trocão que será utilizado para “outras obras de recuperação, como vias e pontes afetadas pela intempérie” – segundo informações disponíveis no site da prefeitura. Quanto ao Perau, assim que a obra começar, são seis meses para a conclusão.


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Também está nessa conta positiva em recursos vindos de cima, o contrato assinado no início de dezembro, e que garante R$ 35 milhões para a construção da primeira fase do Condomínio Bom Viver. Ele permitirá moradia para 176 famílias, num acordo que une a prefeitura e o governo federal, via programa “Minha Casa, Minha Vida”.


Enfim, só nesses dois primeiros parágrafos são quase R$ 70 milhões para investimento na cidade e na gente, o que é a deixa para o governo municipal ostentar – e deve fazer isso mesmo – obras estruturais, e que beneficiam diretamente a população. De uma forma geral, como no caso da Estrada do Perau, ou para um público mais específico, no caso da habitação.


Se esse lado do governo, com os bons ofícios federais e a apresentação competente de projetos, vai bem e deve colher resultados já em 2026, o mesmo não se pode dizer do campo político. E sobretudo de articulação com o parlamento.


Ou há outra explicação para a tentativa atabalhoada de fazer vingar uma reforma da previdência que, sim, vai onerar e muito o funcionalismo? E que levou o governo a retirar a proposta ao se dar conta (a explicação oficial pode ser outra, mas é esta a realidade) que não tinha votos para aprová-la.


Se a prefeitura quer, mesmo, uma reforma, pois a considera necessária, terá que de fato negociá-la. Com o funcionalismo, claro. E especialmente com sua base (que é formalmente maioria) no parlamento. É isso ou não adiantarão as obras: baterá com os burros n’água outra vez.

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